Um dia desses conversei com um grande amigo sobre quanta coisa ‘aceitamos’ por puro comodismo. Empregos que já não nos enche de motivação, relacionamentos que não trazem nada de positivo para nossas vidas e nos maltratam, amizades que só estão disponíveis quando precisam de ajuda. Embora a nossa geração de hoje seja menos acomodada, ainda existe muito medo da mudança, medo do novo, medo do amanhã sem aquela pessoa, aquele emprego, aquela vida. Numa conversa com meu pai hoje, falamos sobre tantas separações.. os casais estão menos pacientes? é, talvez, estejam sim. Mas principalmente, acredito que estejam menos acomodados em manter um relacionamento infeliz.
Leia também sobre o projeto 100 Happy Days – um desafio bem legal na internet, que nos ajuda a encontrar a felicidade em pequenas coisas do dia a dia.
Encontrei um texto na internet esses dias, e vou compartilhar com vocês para refletirmos juntos sobre o comodismo! Essa palavra pequena, mas de perigo grande para nossa saúde mental, felicidade e nosso futuro alinhado com nossa essência.
“É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você entenda que você não é tão importante assim, que a vida segue, com ou sem você por perto. Pessoas nascem, morrem, casam, separam e resolvem os problemas que antes você acreditava só você resolver. É chocante e libertador – ninguém precisa de você para seguir vivendo. Nem sua mãe, nem seu pai, nem seu ex-patrão, nem sua pegada, nem ninguém. Parece besteira, mas a maioria de nós tem uma noção bem distorcida da importância do próprio umbigo – novidade para quem sofre desse mal: ninguém é insubstituível ou imprescindível. Lide com isso.
É preciso ir embora.
Ir embora é importante para que você veja que você é muito importante sim! Seja por 2 minutos, seja por 2 anos, quem sente sua falta não sente por menos ou mais porque você foi embora – apenas sente por mais tempo! O sentimento não muda. Algumas pessoas nunca vão esquecer do seu aniversário, você estando aqui ou na Austrália. Esse papo de “que saudade de você, vamos nos ver uma hora” é politicagem. Quem sente sua falta vai sempre sentir e agir. E não se preocupe, pois o filtro é natural. Vai ter sempre aquele seleto e especial grupo que vai terminar a frase “Que saudade de você…” com “por isso tô te mandando esse áudio” ou “porque tá tocando a nossa música” ou “então comprei uma passagem” ou ainda “desce agora que tô passando aí”.
Então vá embora. Vá embora do trabalho que te atormenta. Daquela relação que você sabe que não vai dar certo. Vá embora da “galera” que está presente quando convém. Vá embora da casa dos teus pais. Do teu país. Da sala. Vá embora. Por minutos, por anos ou pra vida. Se ausente, nem que seja pra encontrar com você mesmo. Quando voltar – e se voltar – vai ver as coisas de outra perspectiva, lá de cima do avião.
As desculpas e pré-ocupações sempre vão existir. Basta você decidir encarar as mesas como elas realmente são – do tamanho de formigas.”
– Antonia Macchi
sobre o comodismo - miguel pereira rj
(foto na estrada de Miguel Pereira – RJ, que eu amo tanto!)

O que você tem feito para largar o comodismo de lado e fazer mais do que faz sua alma vibrar?